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Exergo Bibliográfico
Referências Consultadas
HOYLE, Rafael Larco. Archaeologia Mvndi. "Perú". Editorial Juventud. 1966 Ediciones Nagel, Genebra.
HOCQUENGHEM, Ane Marie, 1983. “Iconografia Moche”. LAIN – LatinAmerikan Institut der Frein Universität Berlin. Vol. 3
HOCQUENGHEM, Ane Marie, 1986. “Les Rpresentations érotiques mochicas ET l’ordere Andin. Bull. Inst. Fr. Études Andines. nº3-4 pp. 35-47.
BOURGET, Steve. 1990. “Des Turbercules Pour La Mort: Analyses pré-liminares des relations entre l’ordre nturel ET l’ordre culturel dans l’iconographie mochica. Bull. Inst. Fr. Études Andines. nº1 pp. 45-85
ARSENAULT,Daniel: El personaje Del pie amputado em La cultura Mochica Del Peru: um ensayo sobre La arqueologia Del poder., Latin American Antiguity 4(3) PP 225-245
DERRIDA, Jacques. 1995. Mal de Arquivo : Uma impressão Freudiana. Rio de Janeiro. Relume Dumará, 2001.
Outras
WIQUIPÉDIA, a enciclopédia livre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Anne Marie Hocquenghem – site Oficial
http://www.hocquenghem-anne-marie.com/pages/26alhome.html
Museu Rafael Larco
http://www.museolarco.org/iei_2004.shtml#
Sociedade de Arqueologia Brasileira
http://www.sabnet.com.br/
Por Neimar Barroso e Ronei Silva *
A Cultura Mochica – ou civilização Moche – foi uma civilização pré-colombiana que exerceu sua hegemonia cultural aproximadamente entre os séculos III a.c e VIII d.c, nos vales dos rios Moche e Chicama, região norte do Peru.
Considerada uma unidade cultural intermediária entre os períodos Chavin (inferior) e Chimor (superior), a cultura mochica não chegou a constituir um império unificado ou qualquer outra unidade política, não obstante os traços comuns de sua iconografia comprovarem, além da enorme abrangência da cultura moche, o seu longo período de incidência, o que permite aos arqueólogos suporem também a existência de uma possível unidade lingüística e territorial.
Vestígios da cultura Mochica foram encontrados em vários centros populacionais situados nos vales da costa norte do Peru, entre quais, Lambayeque, Jequetepeque, Chicama, Moche, Viru, Chao, Santa e Nepena. O sítio conhecido como Huaca del Sol, situada no rio Moche, a maior estrutura piramidal construída no Peru durante o período pré-colombiano, é considerado o principal centro de irradiação da cultural mochica.
Outro sítio, Huaca de la Luna, situada próximo a foz do rio Moche, que resistiu praticamente intocada à predação dos conquistadores espanhóis que no século XVII destruíram a Huaca del Sol a fim de saquear tesouros supostamente depositados nas tumbas das elites que governavam a sociedade mochica, vem sendo pesquisada para fins científicos desde os anos de 1990 e constitui um grande complexo construído de tijolos de adobe ao qual os arqueólogos atribuem funções de caráter cerimonial e funerária das elites religiosas, diferentemente da Huaca Del Sol, a qual normalmente são atribuídas funções de cunho militar, administrativo, residencial e funerário destas mesmas elites governamentais.
Dividida pelos arqueólogos em três plataformas principais, sul, central e norte, cada uma cumprindo funções diferentes, o sítio arqueológico Huaca de la Luna tem rendido várias descobertas, principalmente sobre a plataforma central, local de enterros nobliárquicos, classificados como de alto status e aos quais são atribuídas uma deposição de cerâmica fina com elevado grau de complexidade nos temas decorativos.
Uma quarta plataforma, oriental, é classificada como local de sacrifícios humanos, apresentando estes fenômenos inscritos nas variadas artes visuais mochica, principalmente em murais e cerâmicas. Também corrobora esta hipótese escavações recentes que encontraram no sopé da denominada Pedra Negra esqueletos com sinais de traumas, principalmente cranianos, que apontam para o sacrifício como principal causa da morte.
As escavações realizadas nestes dois sítios, principalmente em Huaca del la Luna, revelaram que, apesar de desconhecerem a língua escrita, os Mochica desenvolveram complexas técnicas de modelagem cerâmica e fundição metalúrgica, que comprovam o alto grau de aquisições feitas pela civilização Mochica se comparado ao período CHavìn Superior.
Considerada o seu principal meio de manifestação, a civilização Mochica deixou como legado uma arte ceramista amadurecida, avaliada como sendo a de melhor qualidade e de maior complexidade artística e decorativa de todo o período pré-colombiano.
Esculturas modeladas, moldadas e esculpidas reproduzem de maneira incomparável, os elementos realistas, a cabeça de um personagem ou seu corpo inteiro, o que permite identificar com precisão os elementos do seu figurino e penteado, assim como o ornamento corporal: jóias e tatuagens, e também, os atributos sexuais que permitem distinguir homens e mulheres ou as marcas de enfermidades e defeitos físicos. Estas representações em duas dimensões são pintadas de preferência na barriga dos vasos cerâmicos e sobre certos muros de edifícios públicos, ou reproduzidos em tecidos, madeira e metal, o nos permite identificar em cada escena os grupos figurantes e mesmo os personagens específicos as suas particularidades morfológicas e os elementos que a ele estão associados: vestimenta, ornamentos, objetos manipulados, de tal maneira, que seja possível interpretar suas ações particulares, fazendo com que apreendamos a dinâmica das suas relações sociais, ou seja, de sua cultura.
O procedimento de identificação de personagens permite seguir suas ações de uma cena a outra, de modo a reconstituir assim uma rede de ocorrências dos elementos figurativos do simbolismo mochica. Portanto, a contextualização desses elementos é uma fonte preciosa de informação para interpretação da cultura e da vida social mochica.
O universo da iconografia mochica também representa o sagrado e o religioso. Este universo parece estar composto de três mundos distintos, o dos vivos, dos mortos e dos deuses, as cenas referentes a este mundo são geralmente interpretadas como ilustrações de atividades rituais e de mitos que são tipicamente mochicas. Na iconografia, cada um desses mundos se distinguiu pela aparência corporal dos figurantes. Assim, o mundo dos mortos está representado por diversos personagens de características esqueléticas, com os ossos a vista: crânio, caixa torácica, quadris, braços e pernas visíveis, e esta aparência esquelética dos figurantes sugere que as atividades pintadas se desenvolvem no mundo dos mortos. No mundo dos vivos os personagens estão reproduzidos em seu estado natural e não com características esqueléticas, característica essencial para distinguir o mundo dos vivos do mundo dos mortos, que são ações de personagens vivas como: sacerdotes e sacerdotisas, guerreiros, portadores de oferendas, sacrificadores etc.
O fato de poder identificar elementos específicos dentro da iconografia permite determinar metodologicamente aqueles se repetem na representação dos mundos e descobrir os símbolos do poder que estão relacionados a ele. De fato, é possível identificar na imagem do mundo dos vivos os elementos simbólicos associados aos personagens que ostentam posições de autoridade na estrutura de poder mochica, particularmente o dirigente que esta representado em uma escala maior que os outros figurantes da sena e com ornamentos e atributos mais elaborados.
Entre os elementos simbólicos estão associados a representação do poder: um conjunto de figurantes aos quais faltam um pé e que aparecem tanto na representação do mundo dos vivos como na do mundo dos mortos, que possuem, atributos recorrentes, que serviram de fio condutor, afim de poder compreender como a continuidade simbólica entre a vida e a morte do dirigente está representada na iconografia mochica.
Análise dos testemunhos seculares
Os arqueólogos têm descoberto recentemente sobre o sítio mochica de Sípam uma serie de tumbas coletivas elaboradas que formam um verdadeiro maurote mochica e em particular, um conjunto de sepulturas contemporâneas datada de 290 D.C. Umas dessas tumbas coletivas continha os restos de um “jovem senhor” enterrado com a sua comitiva e múltiplas oferendas. Os membros da comitiva do jovem senhor, que compreendia duas mulheres, dois homens e um cachorro,estavam ao redor do sofisticado sarcógrafo do dirigente, enquanto que outro homem, com atributos guerreiros denominado “o guardião” havia sido enterrado sobre essa tumba coletiva. No entanto,entre o grupo de quatro pessoas enterradas junto ao dirigente, duas delas um homem e uma mulher tinham o pé esquerdo amputado, também, os corpos de algumas delas foram aparentemente conservados durante alguns anos ate a morte do dirigente para que fossem sepultados com ele. Outras fontes arqueológicas invocam os deficientes e sua participação como atores sociais concretos nas atividades da sociedade mochica.
Assim o Sítio de Mocollope, no vale de Chicana, deu no começo deste século sepulturas nas quais se encontram esqueletos humanos cujos ossos da perna (tíbia e fíbula) apresentavam a desarticulação e a amputação do pé. Mais interessante ainda é o fato de se ter substituído o pé faltante de alguns desses esqueletos com uma prótese rudimentária de madeira acolchoada em lã; estas próteses mostram também traços de uso, revelando assim que os indivíduos as haviam utilizado para caminhar. Trata-se aqui de testemunhos maiores que indicam a existência de pessoas, que viveram durante certo tempo antes de sua morte na condição de deficientes.
É, pois meio de correlação destes surpreendentes dados sepulcrais com os documentos iconográficos examinados anteriormente e determina a significação do simbolismo próprio dos personagens no interior do universo cultural e político mochica. No transcurso da analise, compreendei no simbolismo mortuário mochica elementos próprios da expressão do poder que são recorrentes na representação do mundo dos mortos, naquelas do mundo dos vivos e nos dados sepulcrais. Trata-se no mundo dos mortos do “esqueleto com próteses”, cujos atributos são uma perna amputada e seu pé no qual é substituído por uma prótese, assim como um chicote, um bastão e uma ilhama. Estes mesmos atributos figuram em cenas no mundo dos vivos em figurantes inválidos que são os “deficientes” por causa do seu pé amputado, estes deficientes encarnavam um grupo especializado independentes da sociedade mochica. Estes quatro atributos não são somente um fio condutor do procedimento de analise, mas confirma que são indicadores simbólicos, e que sua montagem nos remete a uma figura simbólica cuja decorrência em diversas formas e em diferentes contextos e funções indicam sua importância na iconografia sobre o poder na cultura mochica.
A iconografia erótica nas artes visuais da cultura Mochica
O conjunto das peças produzidas em cerâmica atribuídas a cultura Mochica são normalmente classificadas como de grande diversidade funcional, o que inclui desde vasos para conter água – ou outros líqüidos – instrumentos musicais, peças decorativas, adornos pessoais, além de objetos e vasilhames cerimoniais.
Em termos de modelagem e decoração, a arte cerâmica Mochica é classificada em pelo menos duas tendências paralelas ao longo de sua evolução. Um conjunto registra peças normalmente atribuídas ao uso cotidiano, o que inclui principalmente os vasos para armazenagem de líquidos, que quase sempre possuem formatos esféricos globulares com bicos e alças compondo uma mesma peça.
Noutro conjunto (ou tendência) os registros presentes nas peças estão associados a funções de distinção de status social entre os membros da civilização mochica e a rituais religiosos. Se caracteriza pelas formas mais escultóricas, cuja tridimensionalidade reproduz formas antrópicas e do meio natural – plantas e animais – que supõem uma forte relação observada pelos Mochicas entre o domínio da natureza e da ordem social.
Análises e interpretações mais recentes acerca da iconografia presente principalmente nos temas decorativos da arte cerâmica Mochica têm aproximado cada vez mais os arqueólogos e os etno-arqueólogos a certo consenso sobre algo que por muitos anos permaneceu incógnito no inconsciente dos povos sul-americanos, a questão da ordem social nos Andes nos períodos que antecederam a chegada dos conquistadores europeus no continente americano pela costa peruana.
Hoje, pelo menos três grandes temas decorativos presentes na cerâmica Mochica estão sendo delineadas e extensamente analisados a partir dos resultados das escavações realizadas no sitio de Huaca de La Luna.
Um, que constitui o interesse principal desta apresentação e por sua eloqüência é também a mais amplamente discutido e divulgado entre especialistas e leigos do mundo inteiro, diz respeito aos motivos eróticos presentes nas decorações da produção ceramista mochica.
Outro, são os registros relacionados a rituais de sacrifícios humanos na plataforma oriental de Huaca de la Luna.
E um terceiro, a qual aparecem relacionados os ritos funerários e as espécies vegetais de tubérculos cultivados nos Andes, incluindo também motivos zoomórficos relacionados à fauna de mamíferos ruminantes e mesmo a primatas que supostamente conformam estruturas mitológicas sobre a origem da Cultura Mochica em que os membros acreditavam serem descendentes dos macacos.
Segundo a bibliografia proposta para esta apresentação, a saber, o texto analítico e interpretativo “Les représentations érotiques mochicas et l’ordre andin”, de autoria da etnóloga Anne-Marie Hocquenghem, pesquisadora do Museu do Homem, em Paris, as representações sexuais presentes na iconografia Mochica indicam, por um lado, o que a autora chama de “ritos de instauração da ordem”, celebrados no equinócio de estação seca nos Andes; e, por outro, os rituais de “inversão da ordem”, celebrados no equinócio que marcam a estação chuvosa na região andina.
Apoiada principalmente nos estudos etnológicos de Lévi-Strauss, para quem as representações iconográficas não devem ser consideradas isoladas do sistema normativo que regula a existência das sociedades, Hocquenghem descreve os motivos eróticos presentes nas artes visuais mochicas interpretando-os como instituições funcionais que reproduzem as estruturas sociais que conformaram a ancestral ordem social dos Mochicas e que por mais de mil anos constituiu a principal unidade cultural da região andina.
Neste mesmo artigo, publicado em 1986 nos anais do Instituto francês de Estudos Andinos, Anne-Marie propõe uma apresentação dos temas iconográficos presentes nas artes visuais mochicas em duas interpretações que relacionam a ordem social mochica ao realismo prescrito pela natureza na região dos Andes.
A interpretação proposta pela autora considera as cenas decorativas que representam atos sexuais entre femininos e masculinos logicamente relacionadas à ordem reprodutiva nos andes, e, portanto, a ritos de instauração, reprodução e mesmo restauração da ordem social. Sendo ainda que, segundo Hocquenghem, a função destas inscrições seria a de memorializar entre os Mochicas a chegada da estação seca nos Andes.
Por outro lado, ainda segundo Hocquenghem, as cenas em que se observa a prática isolada do ato sexual e ou mesmo em cenas de sodomia, estariam relacionadas aos momentos de inversão da ordem natural, que coincide com a chegada da estação chuvosa nos Andes, ou até mesmo a ocasiões de completa ruptura da ordem social, como a que e atribuída à cisão entre o mundo dos vivos e dos mortos no caso das baixas de guerra, do falecimento natural, ou também de sacrifícios cerimoniais como indicam os sinais encontrados nos sepultamentos de Huaca de La Luna que relacionam estes rituais à cultura Mochica.
Fichamento De Leitura
A função dos mitos e dos ritos é estabilizar uma ordem. Portanto, a função Utilitária da Arte Moche é Estabilizar uma Ordem.
Afinidade da Ordem Social com os calendários cerimonial e Agrícola.
Duas estações bem Definidas: Seca e Úmida.
Os nascimentos são festejados em ritos similares aos que se comemoram quando a chegada da estação seca.
Estação Seca – Início de um Novo Ano
6 meses :: fim de maio a fim de Novembro
Relação de Oposição e complementaridade
Nos dois solstícios observa-se reprodução do ciclo vital:
A Morte e a Juventude
A água e La Cosecha (colheita)
:: Nos dois solstício se celebra o início de uma nova ordem na natureza e na sociedade.
Também se estabelece relações entre um mundo de baixo e outro de cima.
“A ordem social é que serve de modelo para elaboração dos mitos”.
:: a primeira ordem a ser preservada é a concepção de mundo dos ancestrais.
Ancestrais míticos presentes na Iconografia MOCHE.
Geralmente representados com uma boca com caninos e apêndices alargados em forma de serpente.
Os caninos e as serpentes representam metonimicamente o poder dos felinos e da imortalidade dos ofídios.
Os ancestrais míticos, poderosos e imortais, são manifestações da autoridade absoluta inerente á ordem hierárquica das sociedades agrícolas com irrigações.
Segundo as fontes do século 16 e 17, o que caracteriza os ancestrais míticos, as huacas, é o CAMAY, o poder vital de animar.
:: Camay, o sagrado, o poder total.
Os mais importantes ancestrais míticos possuem graduações diferentes de Camay, que também podem variar conforme as circunstâncias e os calendários.
Os estudos das representações Moche e dos Mitos e Ritos Andinos permitem corrigir a percepção estática da ordem hierárquica e autoritária entre os Mochicas.
O estudo da iconografia permite observar a presença de um Monstro “Cervo – jaguar – Serpente”, o AMARU que parece representar a possibilidade de cambio e atestar entre os mochicas uma forma de pensamento dialético.
:: A transformação da Ordem - O Pacha Kutic :: o que muda a terra.
Nome também do nono governante do Império Inca.
Algumas conclusões em HOCQUENGHEM, Ane Marie, 1983. “Iconografia Moche”. LAIN – LatinAmerikan Institut der Frein Universität Berlin. Vol. 3
A iconografia está enunciada pelos mitos e encenam os ritos andinos de preservação e mudança da ordem social nos Andes.
Comparação de Mitos e Ritos para reconstituir a religião das sociedades pré-hispânicas.
Os mitos e ritos formam um sistema, ou seja, uma explicação geral e coerente da cultura, do universo que anima e sustenta a coletividade e os seus membros.
Situar os mitos e os ritos em relação ao conjunto é determinar a função própria dos componentes que integram uma cerimônia religiosa.
Os mitos não são invenções desinteressadas ou livres e não são separáveis da vida social.
Os mitos ilustram, explicam e protegem a ordem social contra a negligência ou a hostilidade, das transformações ou do abandono das instituições políticas e socioeconômicas que garantem o bem-estar, a ordem, o poder da coletividade e de cada membro.
O estudo dela buscou uma conexão essencial entre os ritos e os mitos– a qual sucede na maioria dos casos – para entender o seu significado para aqueles que os utilizam.
Os gestos sagrados – potentes, fecundos e totais.
O rito da purificação
Para prosperidade da terra, da longevidade, da ordem estabelecida, da rendição dos inimigos.
Os mitos tem mais de um significado e podem ser orientados pelo fabuloso ou pelo real.
Os mitos supõem um mundo diferente do nosso e se representam como narrativas históricas, antigas ou mesmo recentes. São transmitidos pelo folclore e pela tradição oral.
Para Levi Strauss, a atividade inconsciente da mente consiste em impor formas sobre conteúdos. Esta mesma lógica esta presente na atitude científica.
A iconografia Moche é um discurso sobre a ordem natural e social dos Andes no período que compreende os séculos 200 BC a 700 DC.
Ver a iconografia Moche é como encarar o Aleph de Jorge Luiz Borges:
Cada coisa que se vê são infinitas coisas vistas dos pontos de vistas que cada uma pode tomar para si acerca do universo.
* Sintese dos trabalhos apresentados como conclusão da disciplina Arquelogia Pré-Colombiana Andina. Universidade Federal de Minas Gerais. Junho de 2011.